Um gestor para a clínica médica deve ter muitas habilidades e competências diferentes daquelas relacionadas à assistência ao paciente. Afinal, mesmo que o objetivo principal da clínica seja promover a saúde e o bem-estar, os meios para isso devem ser coordenados com excelência.
As rotinas administrativas de um negócio na área da saúde envolve muitas atividades complexas, que devem seguir diretrizes científicas, legais e tributárias. Por isso, talvez seja necessário contratar um gestor para a clínica médica em que você trabalha.
Neste texto, trazemos as principais características deste profissional:
- Integrar diferentes áreas de conhecimento;
- Conhecimento técnico em administração;
- Liderança e capacidade analítica;
- Excelência em tomada de decisão.
Gestor para a clínica médica: integração de conhecimentos
O bem-estar dos pacientes é o resultado mais importante para as clínicas. No entanto, não é fácil mensurar, tampouco garantir, o bom resultado dos tratamentos. É por isso que a gestão da clínica deve focar nas etapas que compõem o atendimento e garantir excelência em cada uma delas. Uma visão abrangente da composição dos atendimentos também exige uma visão ampla em relação à administração interna do negócio. Dessa forma, é importante que o gestor para a clínica médica consiga integrar conhecimentos relacionados à assistência àqueles relacionados ao gerenciamento interno. Não basta, portanto, ter domínio da especialidade médica, nem mesmo um conhecimento geral sobre as diversas especialidades clínicas. É necessário que o gestor para a clínica médica saiba associar o conhecimento técnico-científico com as outras áreas da empresa. Dessa forma, o gestor poderá dialogar com os diferentes profissionais que atuam dentro da empresa. Além disso, saberá tomar decisões com base nas informações obtidas a partir de cada área. Assim, a integração de conhecimentos também é uma competência associada à liderança e à gestão de pessoas. Afinal, ao integrar informações baseadas em diferentes áreas do conhecimento, o gestor poderá atuar como um facilitador do diálogo entre a equipe. Com isso, ele atingirá o objetivo da gestão de uma clínica que é a organização e o monitoramento das ações administrativas. A organização e o monitoramento viabilizam a escolha de estratégias mais eficientes. Saiba mais em “Saiba quais os desafios do Médico Empreendedor”.Gestor para a clínica médica: capacidade técnica em administração
A gestão inclui o reconhecimento de todas as etapas administrativas: planejamento, organização, direção e controle. Assim, o gestor para a clínica médica deve ter habilidades para tomar decisões e controlar a execução das diferentes rotinas administrativas que compõem essas etapas. Além disso, é preciso compreender as rotinas administrativas como componentes de um todo sinérgico, em que as análises de controle influenciam o planejamento, e assim por diante. Esse ciclo administrativo é que leva a empresa a seus objetivos. Dessa forma, o gestor para a clínica médica precisa de visão estratégia para conciliar informações desde controle de estoque e fluxo financeiro até métricas de marketing e de satisfação dos clientes. Em suma, trata-se de uma visão mais ampla e multifatorial do que o atendimento ao paciente. O gestor precisa garantir os três tempos do atendimento – pré, durante, e pós – tanto em termos assistenciais quanto no que se refere às finanças e ao posicionamento de mercado. A capacidade técnica em administração exigida de um gestor para a clínica médica deve, inclusive, superar os limites físicos do negócio. O gestor não deve apenas ficar atento a tudo que está dentro da clínica, mas também às oportunidades e aos desafios externos. Assim, poderá fazer acordos estratégicos, planos de expansão, monitoramento de concorrência, etc. Essa capacidade técnica deve ser, sobretudo, baseada em metas. A gestão de clínicas tecnológicas, em especial, requer estratégias precisas. Com tantos relatórios disponíveis, o gestor possui inúmeros dados que podem ser utilizados como diferentes perspectivas sobre o funcionamento da empresa. Assim, ao reunir a equipe administrativa e assistencial, é possível traçar as metas para o trimestre, para o semestre, para o ano e para os próximos anos. Todas elas devem ter métricas e métodos de execução.Gestor para a clínica médica: liderança e capacidade analítica
Depois de criar as metas e traçar sua estratégia, a equipe administrativa sob a liderança do gestor, pode:- Mapear os principais processos da sua clínica;
- Aplicar a metodologia Lean para área da saúde;
- Automatizar a gestão com tecnologia.
Gestor para a clínica médica: excelência em tomada de decisão
A união da equipe sob liderança do gestor ajuda a empresa a avançar em seus objetivos assistenciais e de excelência administrativa. Para isso, é claro, o gestor precisa estar preparado para o processo de tomada de decisão. Uma vez que o gestor para a clínica médica tenha a capacidade analítica e o perfil de liderança necessários, é preciso que saiba tomar decisões. Essa é a habilidade que exige maior experiência e a definitiva integração de conhecimentos. Afinal, trata-se de um processo de reconhecimento e análise de riscos e oportunidades e, também, de busca por equilíbrio. É preciso equilibrar os processos já estabelecidos na empresa com as inovações trazidas pelo mercado. É preciso equilibrar a autonomia decisória e o diálogo colaborativo. E, claro, é preciso incentivar o equilíbrio entre as opiniões dos membros da equipe. A seguir, vamos descrever as principais armadilhas que comprometem o processo de tomada de decisão, e como o gestor para clínica a médica pode evitá-las.Trabalhar sem metas de gestão
Já falamos sobre metas, mas é necessário destacar a sua importância. Afinal, se você não sabe qual resultado deseja alcançar, não importam os caminhos escolhidos. As metas impulsionam qualquer empresa. As principais metas estão relacionadas com:- Número de pacientes interessados na clínica;
- Número de pacientes atendidos;
- Lucratividade dos procedimentos realizados;
- Crescimento dos canais de aquisição de pacientes (redes sociais, parcerias com planos de saúde, etc);
- Consultas agendadas vs. consultas realizadas;
- Satisfação dos pacientes.